A doença diverticular dos cólons é caracterizada pela presença de pequenas bolsas (os divertículos) que se formam na parede do intestino grosso, geralmente como resultado do enfraquecimento da musculatura intestinal e do aumento da pressão dentro do cólon —especialmente em pessoas com constipação crônica.

Embora antes fosse considerada uma condição típica de pessoas acima dos 60 anos, hoje é cada vez mais comum entre adultos jovens, muitas vezes descoberta após episódios de dor abdominal, inflamação (diverticulite) ou sangramentos intestinais.

Fase aguda: dieta líquida e cuidados médicos

Durante um episódio agudo de diverticulite, a dieta geralmente deve ser líquida e sem resíduos, com evolução gradativa de acordo com a melhora clínica e a gravidade do quadro.[1] O acompanhamento médico é fundamental nesse momento para evitar complicações como abscessos, perfuração ou necessidade cirúrgica.

Depois da crise: o papel da dieta na prevenção de novos episódios

Passado o quadro agudo, uma dúvida comum é: como evitar que isso aconteça novamente?

A resposta está em grande parte na alimentação e nos hábitos de vida.

As evidências científicas apontam que uma dieta rica em fibras é fundamental para prevenir a recorrência de diverticulite e melhorar o funcionamento do intestino como um todo.[2–3]
As fibras ajudam a regular o trânsito intestinal, evitando a constipação e reduzindo a pressão dentro do cólon.

Recomendações dietéticas após a fase aguda:

• Aumentar o consumo de fibras, com frutas, verduras, legumes e grãos integrais
• Evitar carnes ultraprocessadas, alimentos refinados e doces em excesso
• Manter boa hidratação para que as fibras cumpram seu papel no intestino
• Avaliar suplementação de fibras, caso a dieta isoladamente não atinja os níveis recomendados[3]

Além da dieta, outras medidas preventivas são essenciais:

• Manter um peso corporal saudável
• Praticar atividade física regular
• Não fumar

Mais do que estética: saúde integral

Adotar uma alimentação mais equilibrada e se movimentar com regularidade tem impactos que vão muito além da estética. Essas práticas são pilares para a saúde intestinal, mas também contribuem para o bem-estar físico, emocional e mental. São estratégias simples, mas poderosas, para prevenir doenças crônicas e viver melhor.